Notícia

Clube de Leitura da Biblioteca Municipal discute obra de José Saramago

Por Redação EmCampos - 1 de agosto de 2014

 

Entre os dias 6 e 27 de agosto a Biblioteca Municipal de Campos do Jordão realiza o Clube de Leitura. Durante quatro encontros, o amantes da literatura poderão discutir sobre a obra “O ano da morte de Ricardo Reis”, do autor português e ganhador do Nobel de Literatura, José Saramago.

 

Para participar é preciso se inscrever previamente. Os encontros são de graça e acontecem das 8h às 17h, sempre às quartas-feiras. Para se inscrever, ligue: (12) 3664-2992.

Sobre José Saramago

 

José de Sousa Saramago nasceu 1922 e morreu em 2010. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.


José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correcção ortográfica de uma linguagem escrita. Assim, utiliza frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional; os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros.

Sobre o livro

O Ano da Morte de Ricardo Reis é um romance escrito em 1984 por José Saramago cujo protagonista é o heterónimo Ricardo Reis de Fernando Pessoa.

O personagem que empresta o nome à obra retorna a Lisboa em 1936, após uma ausência de 16 anos, e aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de um ano trágico, através do qual o leitor é levado a sentir o clima sombrio em que o fascismo se afirma na sociedade, antevendo-se um futuro negro na história de Portugal, Espanha e Europa.

Na biografia de Ricardo Reis e de Álvaro de Campos, ao contrário da biografia de Alberto Caeiro, não constam as suas mortes. Por isso, após a morte de Pessoa, José Saramago aventurou-se a terminar a história de um deles, o que acha que “sábio é aquele que se contenta com o espectáculo do mundo”.

Saramago aproveita-se do fato de Fernando Pessoa não ter determinado a data da morte do protagonista do romance para fazê-lo testemunhar o período em que o fascismo aos poucos se instalava na sociedade portuguesa. O plano da imaginação cruza-se então com o da história: Reis vai morrer no mesmo período em que começaria a longa agonia de Portugal.

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